FERRAMENTAS DA QUALIDADE
FERRAMENTAS DA QUALIDADE

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

 DIAGRAMA DE PARETO

O diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas, procurando levar a cabo o princípio de Pareto, isto é, há muitos problemas sem importância diante de outros mais graves. Sua maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos. É uma das sete ferramentas da qualidade.

 DIAGRAMAS DE CAUSA-EFEITO 

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito, ou Diagrama 6M, é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o gerenciamento e o Controle da Qualidade em processos diversos de manipulação das fórmulas. É uma representação gráfica que permite a organização das informações possibilitando a identificação das possíveis causas de um determinado problema ou efeito. Mostra-nos as causas principais de uma ação, as quais dirigem para as sub causas, levando ao resultado final. Embora não identifique, ele próprio, as causas do problema, o diagrama funciona como um “veículo para produzir com o máximo de foco possível, uma lista de todas as causas conhecidas ou presumíveis, que potencialmente contribuem para o efeito observado.” O diagrama pode não identificar causas, mas nenhuma outra ferramenta organiza tão bem a busca.

 Quando usar o Diagrama de Causa e Efeito

  • Quando necessitar identificar todas as causas possíveis de um problema.
  • Obter uma melhor visualização da relação entre a causa e efeito delas decorrentes
  • Classificar as causas dividindo-as em sub causas, sobre um efeito ou resultado.
  • Para saber quais as causas que estão provocando este problema.
  • Identificar com clareza a relação entre os efeitos, e suas prioridades.
  • Em uma análise dos defeitos: perdas, falhas, desajuste do produto, etc. com o objetivo de identificá-los e melhorá-los.

Pré-requisitos para construir o Diagrama de Causa e Efeito

Sugestões de possíveis causas do problema (Brainstorming) das pessoas envolvidas no processo.

Análise de Pareto, para revelar a causa mais dominante.

Como fazer um Diagrama de Causa e Efeito

  • Definir o problema a ser analisado de forma objetiva;
  • Estabeleça e enuncie claramente o problema (efeito) a ser analisado, escrevendo-o em um retângulo à direita. Desenhe uma seta da esquerda para a direita até o retângulo;
  • Reunir um grupo de pessoas fazendo um Brainstorming sobre as causas possíveis;
  • Classifique as causas encontradas no Brainstorming em “famílias ou categorias de causas”. Normalmente, costuma-se denominar essas “famílias ou causas” como “causas primárias potenciais” que devem ser escritas dentro de retângulos ligados diretamente ao eixo horizontal do diagrama.
  • “Na indústria, por exemplo, as “causas primárias potenciais” são conhecidas como “fatores de manufatura” ou 6 M’s (Matéria-prima, Máquina, Medida, Meio ambiente, Mão-de-obra e Método);
  • Outra sugestão para a seleção de “causas primárias potenciais” é o chamado 5W1H:

What?

O quê?

É a definição do problema. O que vai ser feito? Qual a ação?

When?

Quem?

Quem é impactado?

Where?

Quando?

Quando isto ocorre? Quando não ocorre? Este problema já vinha acontecendo?

Why?

Onde?

Onde ocorreu o problema? Qual ambiente?

Who?

Por quê?

Porque ocorre este problema? Porque deve ser resolvido logo?

How?

Como?

Como aconteceu? Como chegou a este problema?

Em que nível está

O que responder

Estratégico (objetivo)

Por quê? Breve descrição da necessidade de se executar o objeto.

Gerencial (objeto)

O que? Descrição do evento, produto, serviço, qual contexto.

Tático / operacional (detalhe da ação)

Como? Métodos, recursos, procedimentos.
Quem? Especificar a pessoa (Física ou Jurídica)  com seus perfis, competência e seus papéis. 
Quando? Datas (início, fim etc.) data determinada ou relativa a alguma outra atividade (10% de outro projeto realizado)
Onde? Local (endereço, mapa, coordenado)

  • Para cada uma delas elabore perguntas como: “Onde ocorre o problema?” A resposta a essa pergunta poderia indicar diversos locais diferentes onde o mesmo problema ocorre com características e causas também diferentes;
  • Escreva as sub causas (secundárias, terciárias, etc.) como indicado na figura abaixo:

Sub causas secundárias terciárias Diagrama de Causa e Efeito

Para cada causa primária (dentro do retângulo), identifique as sub causas que a afetam;

Assinale no diagrama as causas que pareçam ter forte relação com o problema (efeito), considerando-se: a experiência e intuição; os dados existentes;

 Causas Importantes - Diagrama de Causa e Efeito

  • Revisar todo o diagrama para verificar se nada foi esquecido;
  • Analisar o gráfico no sentido de encontrar a causa principal, observando as causas que aparecem repetidas, se estas causas estão relacionadas com o efeito. Se eliminar a causa reduz o efeito, obtenha o consenso de todos do grupo.

 Vantagens do Diagrama de Causa e Efeito

  • É uma ferramenta estruturada, que direciona os itens a serem verificados para que se chegue a identificação das causas;
  • Apesar de existir um esqueleto a ser preenchido, não há restrição às ações dos participantes quanto às propostas a serem apresentadas;
  • Permite ter uma visão ampla de todas as variáveis que interferem no bom andamento da atividade, ajudando a identificar a não conformidade.

Desvantagens do Diagrama de Causa e Efeito

  • Limitada a solução de um problema por aplicação;
  • Não apresenta quadro evolutivo ou comparativo histórico, como é o caso do histograma;
  • Para cada nova situação, é necessário percorrer todos os passos do processo, utilizando o diagrama.
  • Relação do Diagrama de Causa e Efeito com outras ferramentas da qualidade
  • Brainstorming: para coletar sugestões sob diversos pontos de vista, a fim de encontrar a causa do problema.
  • Folha de Verificação: para registrar as ideias sugeridas no Brainstorming e aplicar no diagrama da causa e efeito.
  • Diagrama de Pareto: para revelar quais as causas é a mais dominante, como j á descrito no item anterior (3.2.2.5)
  • Gráfico de Controle: pode ser usado quando este detecta um obstáculo, mas não é capaz de propor uma solução. Neste caso então se utiliza o diagrama de causa e efeitos.
  • Histograma: através dos dados obtidos do histograma, pode-se usar o diagrama de causa e efeito para atacar a causa mais provável.

 

HISTOGRAMAS 

Na Estatística, um histograma, também conhecido como Distribuição de Frequências ou Diagrama das Frequências, é uma representação gráfica na qual um conjunto de dados é agrupado em classes uniformes, representado por um retângulo cuja base horizontal são as classes e seu intervalo e a altura vertical representa a frequência com que os valores desta classe estão presente no conjunto de dados1 . É uma das Sete Ferramentas da Qualidade. O histograma é um gráfico composto por retângulos justapostos em que a base de cada um deles corresponde ao intervalo de classe e a sua altura à respectiva frequência. Quando o número de dados aumenta indefinidamente e o intervalo de classe tende a zero, a distribuição de frequência passa para uma distribuição de densidade de probabilidades. A construção de histogramas tem caráter preliminar em qualquer estudo e é um importante indicador da distribuição de dados. Podem indicar se uma distribuição aproxima-se de uma função normal, como pode indicar mistura de populações quando se apresentam bimodais. Um histograma pode ser construído, considerando dado como qualquer medida ou resultado experimental, para responder às seguintes questões.

  • Que tipo de distribuição os dados estão sugerindo?
  • Como os dados estão localizados?
  • Os dados são simétricos?
  • Existem dados que devem ser desconsiderados por estarem distante dos demais dentro do conjunto?
  • Como os dados estão dispersos?

GRÁFICOS DE DISPERSÃO

As folhas de verificação são tabelas ou planilhas usadas para facilitar a coleta e análise de dados. O uso de folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos. Além disso, elas evitam comprometer a análise dos dados. É uma das sete ferramentas da qualidade. Os Diagramas de dispersão são representações de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico, uma em função da outra. Quando uma variável tem o seu valor diminuído com o aumento da outra, diz-se que elas são negativamente correlacionadas. Por exemplo, a venda de carros é negativamente correlacionada com o aumento de desemprego. Quanto maior o índice de desemprego, menor a venda de carros. Dentre vários benefícios da utilização de diagramas de dispersão como ferramenta da qualidade, um de particular importância é a possibilidade de inferirmos uma relação causal entre variáveis, ajudando na determinação da causa raiz de problemas. O diagrama de dispersão é também utilizado como ferramenta de qualidade. Um método gráfico de análise que permite verificar a existência ou não de relação entre duas variáveis de natureza quantitativa, ou seja, variáveis que podem ser medidas ou contadas, tais como: sinergia, horas de treinamento, intenções, número de horas em ação, jornada, intensidades, velocidade, tamanho do lote, pressão, temperatura, etc… Desta forma, o diagrama de dispersão é usado para se verificar uma possível relação de causa e efeito, isto não prova que uma variável afeta a outra, mas torna claro se a relação existe e em que intensidade, na prática muitas vezes temos a necessidade de estudar a relação de correspondência entre duas variáveis.

 CARTAS DE CONTROLE 

Cartas de Controle é um tipo de gráfico, comumente utilizado para o acompanhamento durante um processo, determina uma faixa chamada de tolerância limitada pela linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior (limite inferior de controle) e uma linha média do processo (limite central), que foram estatisticamente determinadas. É uma das Sete Ferramentas da Qualidade. Realizada em amostras extraídas durante o processo, supõe-se distribuição normal das características da qualidade. O objetivo é verificar se o processo está sob controle. Este controle é feito através do gráfico.

  • Tipos de Cartas de Controle:
  • Controle por variáveis
  • Controle por atributos

FLUXOGRAMA 

Fluxograma é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma representação esquemática de um processo, muitas vezes feito através de gráficos que ilustram de forma descomplicada a transição de informações entre os elementos que o compõem, ou seja, fluxograma é um gráfico que demonstra a sequência operacional do desenvolvimento de um processo, o qual caracteriza: o trabalho que está sendo realizado, o tempo necessário para sua realização, a distância percorrida pelos documentos, quem está realizando o trabalho e como ele flui entre os participantes deste processo.

O Diagrama de fluxo de dados (DFD) utiliza do Fluxograma para modelagem e documentação de sistemas computacionais.

O termo Fluxograma designa uma representação gráfica de um determinado processo ou fluxo de trabalho, efetuado geralmente com recurso a figuras geométricas normalizadas e as setas unindo essas figuras geométricas. Através desta representação gráfica é possível compreender de forma rápida e fácil a transição de informações ou documentos entre os elementos que participam no processo em causa.

O fluxograma pode ser definido também como o gráfico em que se representa o percurso ou caminho percorrido por certo elemento (por exemplo, um determinado documento), através dos vários departamentos da organização, bem como o tratamento que cada um vai lhe dando.

A existência de fluxogramas para cada um dos processos é fundamental para a simplificação e racionalização do trabalho, permitindo a compreensão e posterior optimização dos processos desenvolvidos em cada departamento ou área da organização.

 ANÁLISE SWOT

A sigla SWOT vem das iniciais das palavras inglesas, Strengths (Força), Weaknesses (Fraqueza), Opportunities ( Oportunidade) e Threats (Ameaças), no Brasil chamamos esta Técnica de FOFA (Força, Oportunidade, Fraqueza e Ameaça). A FOFA é uma poderosa ferramenta de Marketing, podendo ser utilizada em todas as empresas. A aplicação da análise SWOT nos permite sistematizar todas as informações disponíveis e obter uma leitura clara da empresa e através dela, podemos tomar decisões em relação às Forças, Oportunidades, Fraqueza e as Ameaças.

Esta análise de cenário se divide em ambiente interno (Forças e Fraquezas) e ambiente externo (Oportunidades e Ameaças).

As forças da empresa podem ser:

  • Vasto conhecimento em marketing, especializado na área.
  • Um novo produto ou serviço inovador.
  • A localização da empresa.
  • Qualidade dos processos e procedimentos.
  • Ou Qualquer outro aspecto que adicione valor ao seu produto ou serviço.

As fraquezas da empresa podem ser:

  • Falta de conhecimento em marketing.
  • Produtos ou serviços semelhantes (ex. Em relação a seus competidores). 3- A localização do seu negócio.
  • Baixa qualidade de seus produtos ou serviços.
  • Reputação duvidosa.

As oportunidades da empresa podem ser:

  • Um mercado em desenvolvimento, por exemplo: a internet.
  • Fusões, junção entre empreendimentos ou aliança de estratégias.
  • Mudança para novas áreas do mercado.
  • Um novo Mercado Internacional. 

 As ameaças podem ser:

  • A entrada de um novo competidor em sua área empresarial.
  • Guerra de preços com competidores.
  • Um competidor tem um novo produto ou serviço inovador.
  • A competição possui um melhor acesso aos canais de distribuição.
  • Taxas são introduzidas ao seu produto ou serviço. 

Ao determinar todos os elementos teremos um quadro semelhante ao de baixo: 

Esta ferramenta permite analisar tanto o Ambiente interno quanto externo.

 No ambiente Externo:

Oportunidades à Desenvolvimento à Mercado, Produtos, Financeiro, Capacidade, Estabilidade, Diversificação.

Ameaças à Manutenção à Estabilidade, Nicho (Público alvo), Especialização.

 No ambiente Interno:

Oportunidades à Crescimento à Inovação, Internacionalização, Parceria, Expansão.

Ameaças à Sobrevivência à Redução de custos, Desinvestimento, Liquidação do negócio.

 Ambiente Externo

 

 

 

 

 

Ambiente interno

 

Oportunidades

Ameaças

Pontos  Fortes

 

Desenvolvimento

Manutenção

Mercado   

Produtos

Financeiro

Capacidade

Estabilidade

Diversificação

Estabilidade     

Nicho 

Especialização

 

 

Pontos  Fracos

 

Crescimento

Sobrevivência

Inovação

Internacionalização

Parceria

Expansão

 

Redução De Custos

Desinvestimento

Liquidez

 

 A comparação entre pontos fortes e fracos junto com as oportunidades de mercado e ameaças lhe permitirá responder as seguintes questões: 

  • Como posso tirar vantagem das novas oportunidades, utilizando meus pontos fortes? 
  • Quais pontos Fracos? Posso melhorar? 
  • Com quais pontos fortes é possível neutralizar as ameaças? 
  • Quais ameaças, aliadas às fraquezas, preciso temer mais? Ao terminar de preencher a Análise SWOT, você descobrirá que: Definiu as direções básicas de desenvolvimento para o seu negócio, fazendo uso de novas oportunidades e formulou os problemas básicos de sua empresa que necessitam de uma rápida solução para o melhor desenvolvimento de seu negócio. 

Uma frase para finalizar e concretizar o significado de Analise SWOT: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças."

 

ÁRVORE DE CAUSAS - DIAGRAMA EM ÁRVORE - MAIS FERRAMENTAS DA QUALIDADE

 Construir uma árvore de causas é uma forma prática de se analisar e ramificar um problema para atacar diretamente suas causas raízes. Através dela um problema é subdividido em todas as suas possíveis causas para que um estudo minucioso possa ser realizado para diferentes fontes como, por exemplo, erro humano, materiais inadequados, máquinas obsoletas ou sem a devida manutenção, ambiente de trabalho inadequado, sistemas de medição sem a precisão necessária, etc.

Imagine o seu problema como sendo a copa de uma árvore, você precisa ir descendo, passar pelo caule até que tenha atingido a raiz.  Em geral as causas de um problema não são tão óbvias e visíveis, assim como as raízes de uma árvore.

E se você quer eliminar uma árvore você tem que "cortá-la pela raiz".  Espero que você não entenda que com essa afirmação estamos promovendo o desmatamento, muito pelo contrário e você poderá ver bons exemplos de sustentabilidade e preservação ambiental neste artigo.

A ferramenta é baseada em ideias e conhecimentos sobre o processo em questão e por isso especialistas diferentes poderão construir árvores de causas diferentes para um mesmo problema, quanto mais evidência objetiva for utilizada, mais chances de as diferentes opiniões convergirem para a(s) mesma(s) causa(s).  Veja abaixo um exemplo de construção de um diagrama de árvore de causas para reclamações de clientes referentes a atraso nas entregas.  Clique na imagem para uma melhor visualização.

Se você analisar detalhadamente um diagrama de Ishikawa é um bom exemplo de árvore de causas.  Muitas pessoas utilizam essa ferramenta junto com os 5 Porquês, não há limites nem regras para a utilização em conjunto dessas ferramentas, você pode aprimorar e desenvolver novidades, a criatividade não é proibida.

O conceito da árvore de causas é o mesmo de qualquer diagrama em árvore que apresenta outras aplicações semelhantes em outras ferramentas de gestão como, por exemplo, os organogramas, a árvore do produto, desdobramento de objetivos estratégicos em objetivos operacionais, na realização de orçamentos, cronogramas de projeto, etc.